O Brasil tem presenciado um aumento de corretores imobiliários. Em 2020, o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) informava que eram 390 mil profissionais cadastrados. Esse número saltou para 513 mil no segundo semestre de 2023, um crescimento de aproximadamente 31%.
Só entre 2020 e 2021, o COFECI estima que a quantidade de corretores tenha crescido 10% e que as imobiliárias tenham ido de 47 mil para 56 mil. Além disso, as previsões para o setor em 2024 são otimistas, com expectativa de mais lançamentos de imóveis, aponta uma outra organização da área, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).
Na visão de Diogo de Carvalho, fundador do Grupo Decarvalho (startup especializada em venda de imóveis), uma característica que ajuda a explicar a força do setor é a sua abrangência, o fato de se fazer presente em vários aspectos da vida da população.
“Costumo dizer que o mercado imobiliário está em todo lugar. Onde você está agora? Restaurante? Escritório? Sua casa? Isso é mercado imobiliário! Seguindo a lógica, a propriedade desses imóveis sempre se transfere”, afirma o especialista.
Ele exemplifica dizendo que, a todo momento, há negócios fechando e abrindo, pessoas se casando e outras se separando, famílias crescendo e filhos saindo da casa dos pais. Tudo isso gera demanda para os profissionais da área.
Estes acompanham o cliente desde o primeiro atendimento até o fechamento do contrato, englobando funções como agendamento de visitas, análise de documentação, consultoria, avaliação de imóveis, entre outras.
“Profissão regulamentada e sem muita dificuldade de entrada”
Quesia de Carvalho, cofundadora do Grupo Decarvalho, diz que é comum conhecer pessoas que dizem ter vontade de trabalhar com corretagem, mas que não sabem como funciona a profissão.
“Para ser corretor, você precisa do curso de técnico em transações imobiliárias (feito com dedicação, dura de três a seis meses), estágio em uma imobiliária e o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI)”, detalha.
Ela acrescenta que, apesar do crescimento, o mercado carece de bons profissionais. Na sua visão, o requisito principal é saber lidar com pessoas. Ter conhecimentos de financiamento imobiliário, de economia e da legislação do setor também é fundamental.
Cientes da importância de poder contar com bons profissionais, o Grupo Decarvalho criou a Academia Decarvalho, um braço educacional da empresa que oferece conteúdo técnico gratuito para quem já é corretor ou pretende atuar na área.
Além da questão da formação, outra dúvida muito comum, de acordo com Diogo, é em relação aos ganhos. “Uma comissão gira em torno de 5% a 6%. Considerando uma venda de R$ 500 mil, a comissão do corretor vai de R$ 10 mil a R$ 20 mil”, exemplifica, fazendo a ressalva de que essa porcentagem pode variar dependendo de cada caso.
“É uma profissão regulamentada com boas oportunidades e sem muita dificuldade de entrada. Corretores dedicados e competentes se destacam e conquistam espaço”, finaliza Diogo.
Para saber mais, basta acessar: https://grupodecarvalho.com.br/.